O irrevogável Suspiro
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O irrevogável suspiro
A minha vida íngreme persiste em continuar
Dos destroços, sobreviveu este sóbrio
Que uiva a cada noite de luar
Exânime, sem fulgor, sem brio
Sigo desnorteado, de olhar vagante
O firmamento que me circunda
Repleto e ermo, encadeou ao seu fluxo perseverante
A minha existência moribunda
Saliente e sem vigor
Não quero pensar em nada que delata a minha demora
Sob este céu ornado a rigor
Aguardo em retiro
O momento em que repudio este templo
O meu ínfimo irrevogável suspiro.
….Liana Gonçalves….
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